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Coluna da semana: Noroeste forte e o adeus da Luso

Foi um sábado de dúvida. Bauru Basket e Noroeste jogando quase no mesmo horário. Escolhi me despedir da Luso e perdi o jogão no Alfredão. Mas não me arrependi. Tem muito mais Alfredão pela frente e, de preferência, com Velicka no meio-campo. A seguir, texto publicado na edição de 5 de março de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.

Velicka te dá asas!

Era o jogo-chave. O termômetro da capacidade do Noroeste nessa Série A-2. Receber o líder do campeonato – mesmo em má fase – e se impor no Alfredão foi a senha para o torcedor, definitivamente, acreditar no retorno à elite. O Alvirrubro está reconquistando sua torcida, jogando com garra e amor. Sim, o hino cabe aqui. Foi vitória máscula, de bater no peito e dizer que time grande no campeonato, de camisa (vermelha!) de peso, é o Norusca.

A torcida fez sua parte cantando sem parar debaixo de chuva, além de socorrer um dos seus que passou mal em jogo tão palpitante. Nicolas segue brilhante no gol, França não para de correr, Boka desencantou na hora certa. Mas esse jogo tem um protagonista.

Estivesse Nelson Rodrigues por aqui, não titubearia em eleger Velicka seu “personagem da semana”. Foi enorme a expectativa por sua escalação no meio-campo às vésperas do confronto. Cada vez mais apagado na improvisada lateral-esquerda, por 11 rodadas respeitou e atendeu ao pedido do treinador, foi disciplinado ao avançar pouco, deu carrinho, não reclamou. E por 11 rodadas acumulou o desejo de estar perto do gol. Na primeira oportunidade atuando onde sabe, dois gols na conta do canhotinho. E o Red Bull conheceu o verdadeiro potencial do Noroeste, com Velicka e Leandro Oliveira articulando juntos.

E tome dor de cabeça, das boas, para Amauri Knevitz, pois  Romarinho e Diego também têm condições de estar entre os titulares. A coluna já sugeriu experimentar Juninho na lateral-direita, já que ele tem velocidade e não pode sair, pois seu chute forte é um dos trunfos da equipe – e Everton Garroni pode resguardar suas investidas. Veja se fica bom assim: Nicolas; Juninho, Thiago Jr, Marcelinho e Alexandre; Garroni, França, Velicka e Leandro Oliveira; Romarinho e Diego.

É sabido que Knevitz gosta de ter um homem de área, foi assim também em 2010, com Zé Carlos. Mas o Norusca tem um passado recente glorioso com dois atacantes de velocidade, nos tempos de Paulo Comelli, como Leandrinho e Vandinho (em 2007), sempre com uma dupla de meias a servi-los – na ocasião, Bebê e Edno. De qualquer forma, opções de centroavante não faltam (Boka, Roberto e Nena) quando uma situação de jogo exigir essa referência.

Papo de basquete
A vitória tranquila no último sábado sobre Araraquara serviu para mostrar que o pivô Andrezão amadureceu. Alex Passilongo também teve oportunidade de ter mais minutos em quadra. Já Mosso, em mau momento, não entrou no jogo. “Assim como o Alex não entrou no jogo passado. Foi uma opção minha. Aqui não é amor e caridade, tem que entrar e jogar bem. Se André e Alex entraram bem, pra que tirá-los para pôr o Mosso? Que espere a vez dele, já teve sua chance. Todos tiveram sua chance, não poderão reclamar no final da temporada”, explicou Guerrinha, taxativo.

Tchau, Luso
Agora foi. O Bauru Basket se despediu do ginásio da Luso, a maior casa de espetáculos da cidade nos últimos anos. Os shows de Larry Taylor continuarão a partir de agora na Panela de Pressão. Que a Semel entenda a importância desse time e não crie empecilhos para o trabalho dos guerreiros. Por enquanto, tudo certo: o presidente Joaquim Figueiredo tem a chave do local e livre acesso. As cadeiras cativas, inclusive, estão sendo comercializadas. Para os três dias da Liga das Américas, o valor é de R$ 90 – arquibancada a R$ 60.

Estrelas bauruenses
Para o evento Jogo das Estrelas do próximo final de semana, Bauru está muito bem representado. Guerrinha será o treinador do time NBB Brasil, Larry e Jeff, titulares do NBB Mundo. Fischer está calibradíssimo para buscar o tricampeonato do desafio de três pontos – postou vídeo no Facebook em que acertou 38 arremessos seguidos! E Gui foi escolhido para concorrer nas enterradas. Antes da festa, o Itabom/Bauru tem partida importantíssima contra Franca, lá no Pedrocão.

Atualizado: Larry Taylor irá participar do Desafio de Habilidades.

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Coluna da semana: Noroeste voltando aos trilhos?

Texto (publicado na edição de 5 de dezembro de 2011 no jornal BOM DIA BAURU) fala sobre o reinício dos trabalhos no Noroeste, mas questiona sobre a incerteza nas eleições que se aproximam. Também comenta o título corintiano e o momento do Bauru Basket. Boa leitura!

Fevereiro de 2012

Já não era sem tempo! O Noroeste, com bastante atraso, vai começar sua preparação para a Séria A-2 do ano que vem. E concretizou-se a desconfiança de que o diretor Beto Souza, que há pouco pediu para sair, retornaria. Entre aspas consultor, ele continuará dando as cartas no Alfredão, apenas baseado em São Paulo, enquanto João Gonçalves, novo gerente de futebol, encara o dia a dia por aqui, no melhor estilo vidraça. Se foi uma estratégia de Beto para melhorar sua imagem com a torcida, não funcionou ― mesmo tendo realmente melhorado a estrutura noroestina em alguns pontos, sobretudo as categorias de base, ele não agrada a galera alvirrubra.

A grande interrogação no Norusca, entretanto, segue viva. O que ocorrerá em fevereiro de 2012, quando haverá eleição? Damião se colocará à disposição para mais um mandato? Se isso acontecer, o Conselho Deliberativo elegerá apenas um nome e o que está por trás dele (seus filhos e seu dinheiro), pois é sabido que o mecenas alvirrubro não tem condições físicas de cumprir seu papel de presidente.

Nenhum filho de Damião cumpre os requisitos do estatudo do clube para se candidatar. Mas, se for desejo da família Garcia continuar apoiando o Norusca, pode fazer isso via Kalunga, a patrocinadora master. Afinal, é de lá quem vem toda a grana ― inclusive a recente remessa que acertou os salários atrasados dos funcionários. E assim abrem caminho para um novo nove no comando.

Está na hora de o Conselho Deliberativo sair da inércia e movimentar a política do clube, afinal, Damião não é eterno. A partir do que os interlocutores do presidente anunciarem a respeito de fevereiro, que os conselheiros se mexam.

Novo velho técnico
Nada como um dia após o outro, deve estar pensando Amauri Knevitz. Quando perdeu jogos seguidos na Série A-2 de 2010, foi malhado, como é todo treinador sem resultados consistentes pela torcida e pela crônica. Quando Luciano Dias caiu no desgosto de todos, colocaram na conta de Amauri a montagem do elenco do acesso para tirar os méritos daquele que terminou o trabalho ― na verdade, ambos foram importantes. De volta ao Alfredão, vejamos até quando vai a paciência com Knevitz, que tem o desafio de montar um time competitivo em menos de 50 dias.

Valeu, Bira
Nos últimos anos, os goleiros noroestinos sempre foram muito elogiados. Fabiano Paredão, Fernando Vizzoto, André Luis, Yuri e principalmente Nicolas, terceiro goleiro no Paulistão que foi muito bem na Copa Paulista: a lista de sucesso do preparador de goleiros Bira é grande. Demitido, ele não faz mais parte da comissão noroestina. “Só tenho a agradecer as demonstrações de carinho de todos e a solidariedade. Meu trabalho não foi levado em consideração, realmente não sei qual foi o motivo que levaram o Honda [supervisor de futebol] a me dispensar. Os números são incontestáveis nesses quase seis anos de clube, todos os goleiros com quem trabalhei se destacaram”, disse à coluna.

Timão campeão
O penta corintiano começou a ser desenhado na derrota para o Tolima, na pré-Libertadores. O Paulistão foi um treino de luxo e o time entrou tinindo no Brasileirão, acumulando pontos naquela sequência de vitórias incrível no início da competição. A gordura foi tanta que, mesmo jogando abaixo da crítica em boa parte do segundo turno, o Corinthians soube administrar sua caminhada para o título. Festeje, corintiano!

Papo de basquete
O Itabom/Bauru cumpriu seu objetivo no Rio de Janeiro ― trazer uma vitória (sobre o Tijuca) dos dois jogos lá. A meta só não foi contemplada com total êxito porque a diferença de pontos na derrota para o Flamengo (15) é grande para ser tirada no jogo do segundo turno, caso os dois empatem no fim da fase de classificação e seja preciso decidir no confronto direto. O ala Nathan Thomas teve fraco desempenho lá e tem apenas mais quatro jogos para convencer Guerrinha a continuar no time.

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Coluna da semana: o fim de 2011 para o Noroeste

Texto publicado na edição de 31 de outubro de 2011 no JORNAL BOM DIA BAURU
(antes da definição do playoff do Bauru Basket)

FECHADO PARA BALANÇO

Pronto. Acabou 2011 para o Noroeste. Hora de juntar os cacos e iniciar, de fato, o planejamento para a Série A-2 ano que vem. Nunca gostei do termo laboratório, muito usado em outros tempos pelos lados da Vila Pacífico – e que não foi o caso desta Copa Paulista. Montou-se um time, a princípio, para ser lapidado para 2012 e, com isso, apostar em poucos e pontuais reforços. Isto é, o Noroeste entrou na Copinha para disputar o título, pelo menos no discurso, que foi abandonado logo após a eliminação.

No início da tarde de ontem, após a goleada sofrida em Jundiaí, o treinador Jorge Saran disse ao microfone da webrádio Jornada Esportiva que tinha elenco limitado, que o time chegou onde podia. Compreendo que assumir essa realidade durante a competição seria desastroso, mas o técnico não precisava mascarar tanto sua fala nas últimas semanas. Para quem não se recorda, Saran falava em uma equipe que chegaria voando no final da competição e tinindo no ano que vem. Agora, citou a necessidade de contratar, no mínimo, 15 reforços! Se antes vestiu a camisa, não expondo seus atletas, agora perdeu a credibilidade, expondo suas deficiências técnicas. Pior: com sua permanência em risco, resolveu jogar merda no ventilador.

Em seu depoimento ao repórter João Paulo Benini, Saran colocou em xeque a saúde financeira do Noroeste e a continuidade do presidente Damião Garcia – assuntos que deverão pautar esta semana de ressaca. A diretoria chegou a admitir atrasos de pagamentos neste semestre e não é de hoje que Damião saiu de cena, delegando poderes aos Betos (Garcia, seu filho, e Souza, diretor executivo).

O clube deverá se mexer nos próximos dias para dar respostas rápidas ao torcedor. Tem sido assim na gestão Beto Souza – o que em outras ocasiões resultou em precipitação, por exemplo, ao contratar jogadores desempregados. Não há nada de bom, hoje, solto no mercado. O máximo que dá para fazer é apalavrar contratos. Então, torcedor alvirrubro, pelo bem no Norusca, não cobre reforços agora. Só a partir do final de novembro é que as prateleiras terão pé de obra qualificada.

O que dá para fazer de imediato é definir a comissão técnica e planejar cada passo da próxima temporada. O perfil de treinador que o Noroeste precisa está muito claro: algum “rei do acesso”, com currículo forte no interior. Um nome de consenso, que cause impacto positivo na crônica e nos torcedores. Se a diretoria errar na escolha, o clima ruim só irá piorar.

Semestre de colheita
Não foi um semestre perdido. Finalmente a base do Noroeste foi valorizada, muitos jovens entraram em campo pelo time principal, inclusive mandando experientes para a reserva. Mizael, Magrão, França, Vitor Hugo e Mariano são os principais nomes dessa safra. Mas é bom olhar com carinho para todo o elenco sub-20, que se despediu do Campeonato Paulista com elogiável campanha. O plantel de 2012 deveria ser formado por pelo menos metade desses garotos, com um ou outro conseguindo ser titular e o banco todo preenchido por eles. Além de economizar com salários, o time ganha em comprometimento, pela identificação (e gratidão) desses meninos com a centenária camisa alvirrubra, que lhes dá a oportunidade de correr atrás de seus sonhos.

Futuro sombrio
Não é a falta de dinheiro de Damião Garcia que me causa arrepios, caso ele se afaste definitivamente do Noroeste. O problema está em um Conselho Deliberativo pouco atuante, de raras e esvaziadas reuniões, que se limita a aprovar contas e mudar o nome do complexo esportivo – em quóruns inferiores a 50% de seu quadro. Uma instituição sem forças políticas não se sustenta.

Papo de basquete
Na tarde desta segunda se define a vida do Itabom/Bauru no Paulista. Entre torcedores, a sensação é a de um campeonato absolutamente “conquistável” que parece estar escorrendo entre os dedos. Alguns apagões defensivos e o exagero em chutes de três são os pontos negativos do time que podem resultar em uma eliminação precoce. Mas há outras tantas virtudes para acreditar numa virada sobre São José.

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Coluna da semana: a derrota do Noroeste e o “acerto” de Nathan Thomas com o Bauru Basket

Texto publicado na edição de 24 de outubro de 2011 no jornal BOM DIA BAURU

FALTAM DOIS JOGOS

Muito já se falou desse controverso segundo semestre do Noroeste. Laboratório, uso da base e daí por diante… Todo ano é a mesma coisa. “Semestre perdido” é a expressão recorrente, aquela muleta de discurso tratada pela coluna na semana anterior. No mundo ideal, o time que disputará a Série A-2 de 2012 já deveria estar pronto e entrosado. Mas a realidade não é tão generosa assim. Nem com o clube bauruense, nem com ninguém. Cada metade de temporada tem vida própria. Somente planejamento e continuidade refletem resultados de uma competição para outra. E até que o Noroeste já colhe frutos de suas categorias de base – reativadas há cerca de um ano – que deverão encorpar o grupo ano que vem.

Vamos combinar assim: o Alvirrubro tem dois jogos para decidir sua permanência na Copa Paulista. Esse é o foco. Deixemos a roupa suja para outra hora.

Apatia
No sábado, na derrota para a Ferroviária, o Norusca se arrastou em campo em rede nacional. Praticamente não incomodou a defesa grená. Altair, que alterna lampejos de armador cerebral com sumiços em campo, foi pouco produtivo. Sem Anderson Cavalo, não se viu um noroestino marcando presença na área – nem quando Vitor Hugo entrou no segundo tempo. O volante França novamente se desdobrou, enquanto Tiago Ulisses não é nem sombra daquele marcador voluntarioso que chamou a atenção no Paulistão. Já o jovem goleiro Léo assumiu a fogueira em sua estreia no profissional e não comprometeu. E o meia Lucas ainda não justificou o oba-oba lançado sobre ele – uma espécie de “Neymar da Vila Pacífico”.

Não cola
Mais uma vez, o treinador Jorge Saran usou a justificativa da juventude da equipe. A média de idade de alvirrubros que estiveram em campo foi de 22 anos – contra 26 do time de Araraquara. Engraçado é que, na Copinha do ano passado, o clube bauruense tinha um elenco mais velho e atribuía seus insucessos à correria da molecada dos adversários. A grande vantagem de quadrangulares decisivos é que todo jogo “vale seis pontos”, isto é, sempre há confronto direto entre postulantes a vaga. Apesar de estar na lanterna do grupo, com três pontos, o Noroeste ainda está vivo.

Papo de basquete
Com início arrasador – duas vitórias por “cestadas” – na Liga de Desenvolvimento Olímpico (o NBB sub-21), o Itabom/Bauru já virou sensação do grupo B da competição, que classificará três equipes para o hexagonal final, que já tem Flamengo, Franca e Paulistano classificados. O ala Gui, sobrando fisicamente, tem ficado mais de 30 minutos em quadra, mesmo sem haver essa necessidade – lembrando que Luquinha e Ferrugem se machucaram na estreia. Entre os jogadores do Regatas de Campinas (clube que fez parceria com o Bauru Basket), o ala Weliton roubou 15 bolas na partida de ontem, contra a Liga Sorocabana (106 a 48), e ainda foi o cestinha do jogo (20 pontos). Olho nele, Guerrinha!

Enquanto o futuro está garantido, o presente é a semifinal do Paulista. Abrir 2 a 0 sobre São José nos jogos em casa é primordial. Gui, Luquinha e o assistente Hudson Previdello (que treina o sub-21) voltam de São Sebastião do Paraíso para reforçar o time.

Papo de basquete 2
Segundo o site Basketeria, o norte-americano Nathan Thomas assinou com o Bauru Basket um contrato de dois meses para ser experimentado em condições de jogo, no início do NBB 4. A posição oficial da diretoria, entretanto, é de que o ala continua em fase de testes – o que o próprio jogador confirmou à coluna. O diretor financeiro Eder Poli afirmou que é preciso levantar recursos para a contratação, se houver o aval de Guerrinha. O certo é que o carismático gringo já caiu no gosto da galera.

Atualizado: apesar de todas as pistas de que Nathan deve defender o Bauru Basket no início do NBB 4, o Canhota 10 tomou o cuidado de ouvir o lado oficial da história, que não confirmou o acerto.

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Uma coisa de cada vez: agora é a Copa Paulista

Coluna da semana fala de mito noroestino
Publicada na edição de 17 de outubro de 2011 no jornal BOM DIA BAURU

Entre fatos e mitos

O Noroeste chega em seu momento decisivo no semestre: se perder para a Ferroviária no próximo sábado, a classificação para a terceira fase da Copa Paulista ficará comprometida. Com apenas mais um jogo a fazer em casa, contra o Ituano, o time terá que mostrar superação como visitante e provar que a atual fase invicta (12 partidas) serve mais do que discurso. Tudo isso é fato, a situação alvirrubra na competição, o que há para conquistar ainda em 2011. Claro que refletirá na montagem do elenco para a Série A-2 do ano que vem, mas muitos mitos são criados pensando no próximo campeonato.

Equivocadamente se fala que a Copinha serve de preparação para a temporada seguinte. É uma conversa alimentada há anos entre torcedores, crônica esportiva e até mesmo dentro do próprio clube. Ora, é sabido que o elenco se modificará e nem a permanência do técnico Jorge Saran é garantida. No máximo, vale para observar peças e separar o joio do trigo.

O maior dos mitos é achar que o clube está perdendo tempo agora porque o time não está pronto a três meses de sua principal competição. Nenhuma equipe está, em nenhuma divisão! Todos estão pensando no desafio atual, seja ele Brasileirão, Série D ou Copa Paulista (ou Taça Minas, Copa Espírito Santo, Pernambuco, etc). Exigir contratações agora é achar refugos à deriva no mercado do futebol. Os bons estão empregados, correndo atrás da bola.

Para os afoitos, um lembrete: o Noroeste se antecipou bastante nas contratações ano passado, começou cedo a preparação para o Paulistão, certo? Trouxe um monte de jogadores dispensandos por seus clubes ou que pediram rescisão por não estarem sendo aproveitados durante 2010. A lista é grande: Cris (Grêmio Prudente), Francis (Bragantino), Da Silva (Sport), Vandinho (Ceará), Márcio Gabriel (Atlético-GO), Matheus (São Caetano), Gleidson (Duque de Caxias) e Thiago Marin (Náutico). Repito: jogadores dispensandos por seus clubes ou que pediram rescisão por não estarem sendo aproveitados. E mais: com muitos rebaixamentos no currículo. Alguém aí quer repetir o erro? Porque agora, em outubro, só há refugo procurando emprego.

Então, hora de pensar na Copa Paulista como competição, lutar nesses três próximos jogos pela classificação e ganhar mais tempo para observar quem fica – e, principalmente, dar mais experiência aos jovens. Essa é a preocupação atual, uma coisa de cada vez. Essa contagem regressiva para janeiro é um mito, um clichê, uma muleta de discurso.

Garimpo
O que dá para fazer agora, no máximo, é alguém pegar a estrada para observar jogadores com perfil raçudo, com certa qualidade técnica, disciplina e que suportem vaias, porque ninguém espera uma campanha maravilhosa em 2012, sem percalços. Muitos deles estão no Norte-Nordeste, mas é preciso vê-los de perto. Indicação de boca ou de DVD não cola mais.

Debaixo d’água
Não dá para culpar a chuva e o campo pesado pelo empate sem gols com a Ferroviária no último sábado. O ambiente era igual para ambos e, mesmo aos trancos e poças, a bola chegou perto do gol. Houve boas chances desperdiçadas, o Norusca quase recebeu merecido castigo no final e colocou mais dois pontos perdidos na conta. Pior: saiu debaixo de vaias e o zagueiro Marcelinho, mesmo a cerca de cem metros de distância, ouviu e respondeu a provocação de um noroestino. Capitão do time, ele já foi conversar com torcedores em outro recente protesto.

Papo de basquete
Enquanto o Itabom/Bauru vai construindo sua caminhada rumo à final do Campeonato Paulista, já é possível ver sinais da reforma do ginásio Panela de Pressão. Ainda bem.

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