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Como previsto, Noroeste desperdiça, com reservas, chance de decidir volta à elite em casa

Alguns posts abaixo o Canhota 10 alertou que escalar os reservas não era um boa escolha. Ou Amauri Knevitz realmente deu de ombros para a tabela e vai matar no peito quem vier – no caso, Red Bull, São Bernardo e Penapolense – ou ele estava ruim de contas e não acreditava que a combinação de resultados poderia colocar o Noroeste no G-4. E até o Audax, que eu considerava barbada vencer a Santacruzense em casa, perdeu…

Há pouco o que dizer – o aviso veio antes – e muito a lamentar. Mais detalhes do que eu penso dessa decisão de Knevitz e a análise do que vem pela frente, na coluna de amanhã no jornal BOM DIA Bauru – e também neste espaço, depois que forem vendidos muitos exemplares!

Em tempo: perder no Alfredão para o rebaixado União São João, mesmo com o time reserva, é um baita de um tropeço. Na estreia em casa na segunda fase, contra o São Bernardo, vencer é obrigação. Ou isso ou o sonho do acesso mia.

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Coluna da semana: mexe-se em time que não ganha

O final de semana foi offline pra mim – envolvido com o aniversário da minha filha, portanto, não há nada mais importante – e o blog ficou desatualizado de análises do empate noroestino e da derrota do Itabom/Bauru. A coluna, entretanto, não pode faltar e tento nela entender e discutir o atual momento dos dois times. A seguir, texto publicado na edição de 27 de fevereiro de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.

Hora de mudar o time

Era uma vez o aproveitamento máximo do Noroeste jogando em casa. E logo depois de sofrer uma goleada fora de casa (para o Audax).Crise? Ainda não. Mas as primeiras vaias no Alfredão são o sintoma de que a escalação ideal já não é aquela que iniciou a disputa da Série A-2. Não se mexe em time que esta ganhando, certo? Pois o Noroeste não vence há dois jogos.

A tabela da primeira fase já ultrapassou a metade e o talentoso meia Velicka segue subaproveitado na lateral. Se ao menos o Norusca atuasse com um esquema com alas e ele pudesse apoiar mais, vá lá. Mas limitado a marcar e a trocar passes na intermediária é um desperdício.

Se nem Bruno, nem Rafael Silva deram conta do recado na vaga de Romarinho, que começa a sofrer desgaste físico, por que não adiantar Leandro Oliveira para essa vaga de segundo atacante, abrindo espaço para Velicka na armação? Pois comentei, semana passada, que está difícil tirar a titularidade do quarteto Garroni, França, Juninho e Leandro.

Vai outra humilde sugestão para Amauri Knevitz: Garroni mais fixo perto dos zagueiros – esquema que ele já treinou – com Juninho na ala direita! Sim, pode dar certo, pois ele tem velocidade e seu chute forte descendo em diagonal (ao melhor estilo Josimar) pode ser um diferencial da equipe. Pela esquerda, Alexandre faz as vezes até a volta de Giovanni, que está próxima. E completam o meio França na direita, Velicka na esquerda e Leandro na ligação. Quando Diego voltar, forma dupla com Roberto.

Essas são apenas algumas possibilidades. O que não pode é insistir com a formação atual e continuar perdendo pontos preciosos. O campeonato chegou em seu momento decisivo.

Tiro longo
Apesar de já se encaminhar para a reta final da A-2, não concordo com o lugar-comum que diz que é uma competição de tiro curto. Dezenove partidas para uma fase de classificação é até demais. É meio Brasileirão e estamos falando de um estadual de segunda divisão. Apenas é espremido no calendário, com partidas às quartas e domingos. O tempo é curto, não a tabela.

Seja Rubro, Norusca!
Anteontem, o Noroeste voltou a atuar de camisa branca… O mesmo fez o Palmeiras ontem em Presidente Prudente, no clássico contra o São Paulo, também fugindo do calor. No Parque Antarctica ou no Pacaembu, não faria. Mesmo com torcida, Prudente não é a casa alviverde. Já pensou se a moda pega? O Flamengo não joga mais com seu manto rubro-nego no Rio, o Barcelona não vai de azul-grená no Camp Nou, a Seleção Brasileira disputa uma final de Copa do Mundo de azul no Maracanã… Afinal de contas, Esporte Clube Noroeste, você quer se identificar ou não com seu torcedor?

Papo de basquete
Providencial a série de reportagens (do jornalista moleque Gustavo Longo) que o BOM DIA trouxe na semana passada sobre a situação financeira do Itabom/Bauru. O jornal fez o que se espera de um veículo regional: prestou serviço à comunidade. Nós precisamos do basquete em Bauru, a modalidade que dá mais retorno de mídia, hoje, ao nome da cidade. Disputa torneios de primeira linha, como a “Libertadores do basquete”, que é a Liga das América. Se Larry Taylor defender o Brasil na próxima Olimpíada, dará ainda mais visibilidade para a cidade – já havia sido assunto quando foi convocado e treinou com a Seleção de Rubén Magnano por alguns dias.

Uma pena esse time precisar, ano a ano, sensibilizar o empresariado. Será que o mercado bauruense não tem cacife para a empreitada do basquete? Porque apoiadores há bastante, mas com cotas tímidas – será o limite de sua capacidade de investimento? E onde estão as universidades desse polo estudantil que é Bauru? Brasília e Uberlândia têm seus patrocinadores máster ligados à educação. Vale essa cartada. Ou que se corra logo atrás de uma marca forte, de abrangência nacional, já que o time vai além das fronteiras paulistas.

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Coluna da semana: o esquema noroestino

Explicação do desenho tático de Amauri Knevitz é o destaque do texto publicado na edição de 16 de janeiro de 2012 do jornal BOM DIA Bauru

Noroeste versão 2012

Foi apenas um jogo-treino, mas o suficiente para projetar como o Noroeste irá se comportar em campo na Série A-2. Na vitória sobre o XV de Jaú (2 a 1), o desenho tático montado por Amauri Knevitz era bem nítido e simples. Sem invencionices, o Norusca vai com um 4-4-2 com o meio-campo em losango, com um trio de volantes atrás do meia de criação. Confira abaixo a interpretação do esquema, decifrado pela coluna, que esteve em Pederneiras.

Como em todo esquema com dois zagueiros de área, os laterais alternam o avanço ao ataque. Pelo que se viu no amistoso da última terça, Mizael, pela direita, e Alexandre, pela esquerda, ainda não convenceram como titulares. Bira e Pedro, respectivamente, entraram motivados no segundo tempo e brigam pelas vagas. A dupla de zaga supostamente titular não pôde ser testada, pois o experiente De Lazzari foi poupado. Mas é ele quem deve atuar ao lado de Marcelinho.

No meio, Everton Garroni é literalmente o cabeça de área: praticamente não ultrapassa a linha central e sua função é proteger a defesa, combater os avanços adversários e ficar na cobertura. Ao seu lado, Knevitz apostou em dois volantes que, se não são dos mais habilidosos, sabem subir ao ataque com outros atributos: Juninho (pela esquerda), como arma no chute de fora da área, e França (direita), que se impõe fisicamente em arrancadas com a bola dominada. Eles ainda têm que cobrir os laterais.

Velicka é o talento solo: o meia-armador é o responsável pelo toque cadenciado, pelos lançamentos e é a ponta ofensiva do losango de Knevitz. Mas, por ser canhoto, acaba caindo bastante para a esquerda, até porque o atacante Daniel Grando, que tem a função de cair pelas pontas, fica mais pela direita – e isso acaba por equilibrar o esquema. Para finalizar, Boka, fixo na área, faz o pivô, servindo de opção para quem se aproxima, e sempre se posiciona para receber a bola na cara do gol. Começou bem o novo camisa 9 noroestino.

Calma com Grando
O atacante Daniel Grando foi bastante vaiado na partida contra o XV. Ao saber disso, um dos torcedores mais conhecidos do Noroeste, Marcos Cunha (o Marcão do shopping), apressou-se em pedir paciência à galera. “Precisamos fazer uma campanha junto ao apaixonado noroestino para deixar de pegar no pé do Daniel Grando. É um ser humano como nós e já entra em campo sabendo que tem que jogar mais que o Pelé. O nervosismo aumenta e ele erra mais ainda. Não rendeu bem no ano de 2011 pelo grupo ser muito limitado. Tem que dar tranquilidade para que o jogador saiba que não é no primeiro ou segundo jogo que a torcida já vai pegar no pé”, argumentou. O riquíssimo depoimento do Marcão, sobre sua relação com o clube e o que espera da temporada, pode ser conferido na íntegra no blog Canhota10.com.

Rafael Silva
O atacante recém-chegado da Portuguesa é a sombra de Grando. Há relatos de que agradou no primeiro coletivo. Que bom. Quanto mais opções para o treinador, melhor. Fui procurar vídeos do jovem atuando pela Lusa, mas só se acha no Google conteúdo sobre a morte suspeita de sua namorada, ano passado. Que ele possa recomeçar a vida em Bauru, com muitos gols.