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Paschoalotto/Bauru, novo elenco (8): John Thomas

Em ação pelo Tomás Rocamora: média de dois dígitos

A diretoria do Bauru Basket confirmou a contratação do ala John Thomas, o segundo reforço para a próxima temporada. O norte-americano de 30 anos (2 de abril de 1982) e 1,96m não causou empolgação na torcida, desconfiada depois de sonhar com um norte-americano de primeira linha – já que Robert Day recebeu proposta e o nome de Leroy Hickerson foi especulado.

Entretanto, não se pode ignorar as médias do gringo. Independentemente de onde tenha atuado, no NBB ou na segunda divisão argentina, seus números são sólidos, alteram-se pouco – desde a faculdade, aliás.

Atuando por duas temporadas (2002/2003 e 2003/2004) na segunda divisão da NCAA, pela universidade de Columbus, Thomas teve médias de 13,9 pontos (aproveitamento de 52% nos chutes de dois, 29% nos de três e 69% nos lances livres) e 8,7 rebotes. Assistência não é o seu forte (0,9).

No último campeonato que disputou, a segundona Argentina, pelo Tomás de Rocamora, números semelhantes: 16,9 pontos (64% em field goals, 29% de fora e 52% nos lances livres) e 6,7 rebotes. O ala só não pontuou em dois dígitos em três das 25 partidas (em dez delas marcou mais de 20).

Na liga chilena de 2010, jogando pelo Universidad do Chile, médias ainda melhores: 21,6 pontos (63%/46%/69%) e 7,1 rebotes – números levantados pelo João Paulo Benini, do Papo com o Papa (bem-vindo à blogosfera, JP!).

E pelo Assis Basket, no NBB 2 (2009/2010), alcançou média de 16,3 pontos (49%/25%/64%) e 6,5 rebotes – não confundir com os números de seu conterrâneo Tony, no NBB3.

Da universidade até agora, sem oscilar, média de pontos de dois dígitos e rebotes na casa dos 7 por jogo. É pouco? Compare com quem atuou na posição 3 por Bauru no NBB4:
– Pilar: 8,1 pontos e 5,2 rebotes
– Gaúcho: 7,1 pontos e 1,7 rebote
– Gui: 6,6 pontos e 1,6 rebote

É ou não um bom acréscimo ao elenco? Uma garantia de boa pontuação. Lembre-se de que era exatamente essa posição 3 que acrescentava pouco à pontuação do time – dependente da constância de Larry (1), Fischer (2) e Jeff (5) e da inspiração de Douglas Nunes (4), que oscilava muito. Quando ele falhava, comprometia o placar do time. Se Thomas não é o norte-americano dos sonhos, pelo menos não o vejo como um mau reforço.

A tudo isso some uma bagagem internacional, pois além de Brasil e Estados Unidos, atuou em outros sete países (Holanda, Alemanha, Uruguai, Chile, Bolívia, México e Argentina).

Entretanto, é preciso ficar atento com o aspecto showman do gringo, que tem ataques de individualismo em quadra – o que até justifica sua boa média de pontos. Ele que não se comporte ou conhecerá o chá de banco de Guerrinha… Se encaixar no jogo coletivo e usar todo o seu potencial atlético, terá muito a acrescentar aos guerreiros.

E pelo que disse o diretor Vitinho Jacob no comunicado à imprensa, o Paulista será seu vestibular. Se for bem, fica para o NBB5.

Valeu, Thyaguinho
O armador Thyago Aleo foi anunciado como reforço de Joinville, onde reencontrará o técnico Enio Vecchi, com quem se deu bem em Londrinha no NBB1 (concorreu a revelação do campeonato). Boa sorte a ele, bom menino que era querido pelo elenco.

Ala-pivô gringo
Terminada a novela posição 3, segue a expectativa pela chegada de mais um norte-americano, um ala-pivô que, segundo Guerrinha afirmou ao BOM DIA, pode ser uma indicação de Nenê (que serve a Seleção rumo a Londres) ou alguém que está na liga japonesa. Pudera: não há mais nenhum brasileiro bom solto no mercado. E pensar que Teichmann esteve à deriva…