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Coluna da semana revela interesse do Bauru Basket em Guillermo Araujo

E antes comenta o desafio do Noroeste de apostar em reforços vindos de times inexpressivos. Confira o texto publicado na edição de 25 de junho de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.

Loteria dos reforços

Não é fácil a vida de clube do interior em busca de reforços. É como um garimpo no escuro. Ou como comprar carro usado – pode se mostrar confiável ou revelar um defeito pouco tempo depois. É nessa gangorra que vive o Noroeste nos últimos anos, apostando em jogadores de clubes inexpressivos Brasil afora e praticamente entregue à sorte.

Aproveitando que a Copa Paulista é um torneio sem grandes responsabilidades, o clube experimenta – por mais que o termo laboratório tenha sido banido do vocabulário alvirrubro. Por enquanto, só decepções. Em 2010, trouxe do interior gaúcho o meia Deivid, especialista na bola parada. Reprovado. Outra aposta veio com pedigree: o atacante Marcus Vinicius, vindo do Goiás, tinha passagem por seleções brasileiras de base. Não tinha fôlego para correr 45 minutos… Reprovado.

Ano passado, o Norusca trocou de região, passou a olhar para o mercado nordestino. O meia-atacante Da Silva, vindo do Centro Sportivo Paraibano, foi aprovado num período de testes, fez três gols na Copinha, mas ficou marcado mesmo por expulsões. Reprovado. Já o atacante Renam, vindo do Sergipe, ficou mais tempo no departamento médico e nem pôde mostrar seu potencial. Reprovado.

Antes desta Copinha de 2012, o clube se aventurou mais cedo. Trouxe para a Série A-2 o lateral-esquerdo Alexandre Aguiar, da SE Decisão, da segunda divisão pernambucana! Reprovado.

Agora, há novos “vestibulandos” em Alfredo de Castilho. O zagueiro Alan veio do Serra Talhada-PE e o atacante Everton Biton viajou menos: acabou de ser rebaixado para a Série A-3 com o Rio Preto e não marcou nenhum gol nessa desastrosa campanha. Já de contrato assinado, o volante Johnnattan (CRB-AL) e o meia-atacante Lauro César (Corinthians Alagoano) são as outras incógnitas. Vale destacar que o zagueiro Lima (Volta Redonda-RJ), o lateral-esquerdo Ralph (São José-SP) e o atacante Fernando Russi (Inter de Limeira) são apostas menos arriscadas, pois vêm de um semestre mais sólido.

Não dá para criticar o clube, pois é preciso mesmo arriscar. Há muito craque por aí que vale milhões e que saiu de times modestos. Talentos obscuros que estavam no lugar certo na hora certa. Esse lugar pode ser o Noroeste, essa hora pode ser a Copinha. Mas não basta cruzar os dedos. Tem que jogar muita bola, moçada.

Papo de basquete
Segue a busca do Bauru Basket por seu terceiro reforço para a nova temporada, agora um pivô. E entre os pretendidos da diretoria está GUILLERMO ARAUJO (29 anos e 2,05m). O paraguaio jogou a última edição do Novo Basquete Brasil pelo Paulistano (médias de 9,7 pontos e 3,6 rebotes em 18 minutos em quadra) e se destacou defendendo seu país no último Sul-Americano (16,3 pontos e 6 rebotes por jogo).

“Bauru seria uma boa opção. Gostei da cidade quando joguei aí, a torcida apoia muito o time”, disse o jogador à coluna. Seu agente está em contato com a diretoria do Bauru Basket, mas é preciso esperar um posicionamento do Paulistano, que tem preferência na renovação – a resposta sai nesta semana. Se não é uma estrela que viria para fazer barulho, pelo menos é ótima opção para o revezamento no garrafão.