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Vitor Hugo: “Quero ter uma sequência no Noroeste”

Finalmente montando trabalho no Noroeste desde o início, Vitor Hugo quer oportunidade a longo prazo

retranca-ECNO Noroeste estreia na Copa Paulista neste sábado, contra o Velo Clube, com duas ambições distintas — e complementares. A primeira, calejar o elenco que já foi montado para a Série A3 de 2018. Que baita oportunidade o técnico Vitor Hugo tem, a de ter uma competição de vários meses para azeitar o cascudo grupo que ajudou a montar. Consequentemente, considerando que o nível da Série A3 é maior ou equivalente ao da Copinha, há sim a possibilidade de lutar pelo título (que seria o tri, depois de 2005 e 2012) e entrar na Série D nacional do ano que vem. Seria lindo demais.

Ao contrário de participações anteriores, quando a competição era usada como “laboratório” para aproveitar alguns jogadores para o ano seguinte, desta vez a coisa ficou séria. Os contratos já contemplam a terceirona. Então, é trabalhar e trabalhar, porque tem que dar certo. No evento de lançamento da Copa Paulista, falei com o Vitão. Com moral com a torcida e apaixonado por Bauru, ele finalmente começa um trabalho — antes, apagava incêndio. Poderia ser o “Wenger noroestino”, estabelecer-se no cargo. Ele adoraria…

Já ter um time montado para a Série A3 com tanta antecedência é uma responsabilidade grande, de prepará-lo, mas também uma tranquilidade, certo?
No futebol tem que trabalhar com responsabilidade mesmo, sabe que depende de resultados. Estou acostumado. A partir do momento que me coloquei à disposição pra ficar, tenho que montar uma equipe forte. Porque eu sei como é Bauru, como é o Noroeste, como é o torcedor, que cobra resultado. Não digo que essa equipe vá ser campeã, mas foi montada para ter uma sequência de trabalho, fazer uma grande Copa Paulista e, aí sim, ano que vem, buscar o acesso. Mas é o seguinte, eu avisei os atletas: vamos parar no meio da competição? Não! É para chegar lá no final. Se vamos conseguir o título, vai depender da condição lá na frente. É uma competição difícil, tem bons adversários, mas temos condições de disputar o tricampeonato.”

Você finalmente vai ter a oportunidade de trabalhar desde o começo. Pelo seu carinho por Bauru e pela longa história do Noroeste, chegou a hora de ser o treinador do time por várias temporadas? Você consegue imaginar isso? A confiança da torcida você tem, a paciência é maior…
Eu gostaria de ter uma sequência boa. Três, quatro, cinco anos à frente do Noroeste. Com certeza a gente vai colher bons resultados. A cidade de Bauru merece um clube do seu nível. O Noroeste é tradição, tem uma camisa muito forte e as pessoas têm que se atentar a isso. Os empresários já estão se aproximando. Os Mandaliti, que sempre ajudaram, o Galli, que é de fora, se aproximou… Quem é daqui e tem condições tem que se aproximar mais. O Noroeste é um clube querido e quem sabe logo volta para a primeira divisão estadual, volta a disputar um Brasileiro… Eu joguei numa equipe que quase chegou à Série A! O Noroeste já foi muito forte. Hoje, está por baixo, mas vai renascer.”

Mauro Silva e Vitor Hugo
No recente evento noroestino, o tetracampeão Mauro Silva e Vitor Hugo: jogadores contemporâneos no Interior paulista no fim dos anos 1980

Qual a sua impressão dessa união das modalidades (futebol, vôlei e basquete)? Imagino o quanto você pode aproveitar da experiências de esportistas consagrados dos outros times da cidade…
Em 2015 eu levei o Guerrinha pra fazer uma palestra pra gente. Eu acho que seria interessante unificar as três modalidades. Por que não todos jogarem com o uniforme do Noroeste? Que bom seria… É um sonho. Eu certamente vou aproveitar essa parceria, levando jogadores para contarem suas histórias. Com um participando do trabalho do outro, quem sabe todos não se tornem muito mais fortes.”

Dica: confira o especial bacana sobre a Copa Paulista que a turma da Locomotiva Esportiva preparou!

 

Foto topo: Bruno Freitas/ECN

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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