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Derrota para o Mirassol é o menor dos pesares do Noroeste; Larangeira foi à Sangue Rubro

Curioso dizer isso, mas o jogo foi o que menos importou nesta tarde de sábado em Alfredo de Castilho

Curioso dizer isso, mas o jogo foi o que menos importou nesta tarde de sábado em Alfredo de Castilho. A derrota por 3 a 1 para o Mirassol foi o menor dos episódios do dia. Os bastidores é que ferveram: a começar pelo vacilo burocrático que impediu as estreias de Marcos Aurélio e Jorginho Paulista; e após o apito final, quando o gestor Fabiano Larangeira compareceu à sede da Sangue Rubro para responder aos questionamentos de torcedores.

Antes desse ponto, falando rapidinho do jogo, que foi quase uma lástima. Vale apenas comemorar a personalidade do menino Douglas, que começou na ala-esquerda e terminou a partida como volante pela esquerda. Bom jogador, foi dele o cruzamento na cabeça de Magrão, no único gol noroestino. Fora isso, pouco a comemorar. Talvez o inegável talento do meia Marco Túlio, mas limitado por sua condição física. Certamente a entrega de sempre de Bonfim e Yuri (falhou no primeiro gol, mas tem crédito). Cléberson é um esforçado atacante, mas suas ciscadas foram em vão. Cássio causou certa fumaça no ataque, mas é cedo para avaliar o menino. E só.

O Noroeste, que foi aniquilado ainda no primeiro tempo, perdeu para o Mirassol com Yuri; Bonfim, Magrão e Wallace (Cássio); Júnior Maranhão, Rafael Muçamba, Ruan (Felipe), Marco Túlio e Douglas; Cléberson e Valdir (Zé Roni) . Foram 508 pagantes, uma renda bruta de R$ 3,5 mil (o líquido, pelas despesas do jogo, deverá gerar prejuízo, isso se não penhorarem o valor da bilheteria e aumentarem o rombo…).

Bastidores

O gerente Josimar e o gestor Larangeira, durante o jogo: caras de poucos amigos

No intervalo, conversei com noroestinos da gema. Todos resignados com a derrota, pois não há muito o que cobrar de jogador sem salário. A vaia seria uma facada no peito de quem correu de bolso vazio. A Sangue, reconheça-se, apoiou durante toda a partida, ouviu-se uma vaia apenas após o apito final.

Terminada a peleja, desci ao território da sala de imprensa, aguardando por alguma palavra que acalmasse os corações alvirrubros. Demorou, demorou, e veio o goleiro Yuri. Não há assessor de imprensa, então a coisa fica meio solta.

Larangeira não estava mais ali. Correu para a sede da Sangue Rubro, atendendo a convocação do Pavanello. Velha guarda e nova geração da organizada interpelaram o gestor alvirrubro e até dissidentes da torcida compareceram — um belo fair play, afinal, somos todos Noroeste.

O atual homem forte do futebol do Norusca reafirmou o que dissera ao repórter Jota Augusto, da Auri-Verde: que na terça (23) à tarde irá conceder entrevista coletiva para expor a situação do clube. Aos torcedores, adiantou que há pessoas lá dentro atrapalhando o trabalho dele, inclusive gente do Conselho Deliberativo, sem citar nomes. Também contou que, dos R$ 50 mil prometidos para julho, já desembolsou R$ 35 mil e garantiu que em 10 de agosto os famosos R$ 130 mil estarão na conta do clube, pois garantiu que tem onde recorrer financeiramente. E que sabe que o momento agora é só de investimento e só colherá lá na frente. A conferir na terça.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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