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O horizonte não é bom para o Brasil na Fórmula 1

Renato Lopes Diniz faz balanço da temporada 2010 para os pilotos brasileiros

Por Renato Lopes Diniz

2010 foi a primeira temporada, desde 2005, em que nenhum brasileiro venceu uma etapa da Fórmula 1. Ok, noves fora, Felipe Massa seria o vencedor na Alemanha, mas jogo de equipe é jogo de equipe, e a FIA já decidiu deixar tudo como está. Para todos os efeitos, Massa não venceu este ano. Esse diagnóstico é apenas um indício de que o Brasil, dono de oito títulos na categoria, não tem um futuro promissor a curto prazo.

De olho em uma vaga na Lotus, Bruno Senna cometeu o erro repetido de entrar na F1 pelo caminho mais fácil. Não falo de seu sobrenome, mas de sua equipe de estreia. Diferentemente da Brawn GP – campeã na estreia -, a Hispania não tinha estrutura e logo nos treinos iniciais foi fácil prever o restante da temporada: luta para completar corridas.

Lucas Di Grassi cometeu o mesmo erro, aliás, erro histórico de Enrique Bernoldi, Tarso Marques, Pedro Paulo Diniz e tantos outros – houve uma época em que era certa que uma vaga da Minardi era verde e amarela.

Felipe Massa, que deu certo, começou na mediana Sauber. Erraram por não arriscar um ano em uma equipe mediana como piloto de testes.

Rubens Barrichello corre por música. Este ano nem chegou perto de vitórias. É um grande piloto, só não vai ser campeão.

Cada vez mais o caminho do título vai ficando estreito para Felipe Massa. O problema nem é Fernando Alonso, seu companheiro de equipe – a Ferrari já optou por Massa em 2008, deixando Raikkönen, de lado. Toda temporada surge um novo adversário: antes era só Hamilton, depois Vettel, agora Webber e Button. Daqui para frente teremos Rosberg, Kubica, Sutil e muito provavelmente não irão sobrar vagas em equipes de ponta.

Renato Lopes Diniz é estudante do sexto termo de Jornalismo da Unesp e estagiário da 94FM
E-mail: renatolopesdiniz@hotmail.com
Twitter: @russologoexisto
Blog: www.russologoexisto.blogspot.com

Foto da homepage: Ferrari Media Center

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

Uma resposta em “O horizonte não é bom para o Brasil na Fórmula 1”

Primeiro parabens pela matéria.
É muito triste nossa situação na F1,a grandeza de Senna e Piquet fazem sombra aos outros brasileiros.É uma espécie de Pelé,seleção de 70 ou seja,será preciso alguem quebrar o ultimo titulo de Senna sendo brasileiro e daí o Brasil voltará a brilhar.Não acredito em Massa ou Barrichello,isso deve ficar para alguem q ainda está por vir.
Abraços

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