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Eu, corredor (6)

No último domingo participei da Corrida da Longevidade, promovida pelo Bradesco, aqui em Bauru. Um barato. Um mar vermelho de gente que foi correr ou caminhar na avenida Nações Unidas. Foi uma corrida bem especial, porque foi a prova de que não posso desistir dessa vida de corredor.

Explico: depois de participar da Eco Runner (tem outra etapa, logo mais, dia 1 de julho), no início de maio, fiquei bem animado (depois de fazer 5km na casa de 31min) para me preparar para essa prova e melhorar meu desempenho. Mas o que se viu nas semanas seguintes foi um turista na academia… Frio, infecção e trabalho. Mas poderiam ser outros fatores. Qualquer coisa é capaz de afastar alguém daquele monte de ferros. E bem na semana que antecedeu a corrida, uma virose pra terminar de esculachar minha surrada carcaça.

A inscrição já estava feita, o clima de corrida é ótimo, com muita gente do bem, eu não iria deixar de ir. Mas havia estipulado que iria caminhar os 6km, cumprir tabela, curtir a manhã. No fim das contas, não resisti – mas também não abusei.

Corri os três primeiros quilômetros num trote bem sem-vergonha, na casa de 7min por quilômetro (7min20 no primeiro; 7min08 no segundo; 7min14 no terceiro). Aí, abri o bico: caminhei do quilômetro 4 ao 5 (bem o trecho que inclui a subidona da Servimed) em exatos 10min55. De fôlego renovado, corri o km seguinte num bom ritmo, aquele que persigo: 5min35 (não teria feito esse tempo se tivesse trotado na ladeira…). Pra finalizar, os últimos mil metros em 6min38. Tempo total: 44min58. Não tivesse caminhado, acho que teria feito em 42min, um tempo bem alto mesmo para os padrões amadores .

O saldo são dores pelo corpo, mas dispensei o relaxante muscular. E volto para a academia nesta terça, de olho no dia 1. Vou recomeçar quantas vezes for preciso, até porque percebo que o corpo está se adaptando à corrida – do contrário eu não conseguiria completar essa prova. Daqui duas semanas, espero relatar uma evolução. Torça por mim!

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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