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Coluna da semana tem lista de desejos

Texto publicado na edição de 2 de janeiro de 2012 traz o que espero que Noroeste, Bauru Basket e poder público bauruense façam no esporte no novo ano. Boa leitura!

Desejos para 2012

Se o mundo acabar, que seja em festa nas arquibancadas. De preferência em praças esportivas bauruenses. Nesse clima de expectativa por um ótimo novo ano, listo a seguir meus desejos para o nosso esporte. Tomei o cuidado de não exagerar na meta, para não transformar sonho em utopia. Vejamos se daqui a 12 meses, num balanço do ano, quantos dos meus desejos – que coincidem com os de muitos torcedores – serão realizados.

Noroeste
A volta para a elite basta, não precisa ser campeão da Série A-2. Claro que seria uma excelente forma de ressurgir (de novo), mas a galera alvirrubra já provou em 2005 e em 2009 que o acesso já é suficiente para encher o Alfredão de gente feliz.
No âmbito político, espero que Norusca se encontre. Que seu Conselho Deliberativo saia da inércia e esteja preparado para escolher o sucessor de Damião Garcia. Reeleger em fevereiro o debilitado presidente seria um erro. Se a família Garcia quer continuar ajudando o clube, que seja via patrocínio da Kalunga ou que articulem um herdeiro para a vaga – o estatuto permite que um sócio honorário seja acolhido, o que o torna elegível. Seu jovem neto João Paulo, atual diretor financeiro do Noroeste, é o mais novo personagem da era Garcia. Mas esse desejo está cheio de interrogações – que, pelo menos, elas sejam desfeitas.

Bauru Basket
Toda meta tem que ter sua dose de ousadia. Por isso quero ver os guerreiros na semifinal do NBB4. É possível, observando o início hesitante de Brasília e Franca, por exemplo, e o perde-ganha do pessoal do pelotão intermediário. Nesse pacote basqueteiro, incluo ainda a vaga no Interligas (ficar entre os quatro ao final do primeiro turno) e uma participação marcante na Liga das Américas, sobretudo na fase que será disputada na reformada Panela de Pressão.
No segundo semestre, se o título paulista já foi um sonho bem palpável em 2011, não há como não desejar algo diferente do que o primeiro lugar. O projeto Bauru Basket precisa de um troféu para se solidificar e premiar tamanho esforço dos envolvidos. Mas, para isso, os jogadores precisam ter ciência de suas limitações para encararem playoffs decisivos. E a comissão técnica e a diretoria entenderem que será preciso pelo menos um jogador com currículo campeão para comandar os guerreiros.

Panela de Pressão
Que a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer saiba gerir esse espaço sem alimentar picuinhas entre as modalidades que utilizarão o espaço, nem querer aparecer mais do que os atletas em ano eleitoral.

Jogos Abertos
A cidade não passar vergonha já será lucro. Espero sinceramente que sejam decentes o Jogos Abertos em Bauru. O ano começa sem pista de atletismo, a principal modalidade. Não fossem os aparelhos esportivos privados e da Unesp, não haveria mínima estrutura… Quando Bauru ganhou o direito de sediar o evento, fez-se muito barulho com maquete digital de um centro esportivo, reforçou-se a candidatura como sub-sede da Copa de 2014, mas a ação mais concreta até o momento é a reforma da Panela de Pressão – depois de pressão da comunidade basqueteira.
Que prefeito e secretário não se iludam: esses Jogos Abertos do Interior terão pouco ou nenhum efeito positivo nas eleições. Entretanto, poderão refletir negativamente caso a corrida contra o relógio e o improviso coincidam com o período do pleito.

Com o leitor e ponto
Neste mês de janeiro completo um ano à frente da coluna Papo de Futebol – que inevitalmente muito falou do basquete também. Agradeço a companhia nesse ano em que comentei muitas histórias do esporte bauruense. Espero ter contribuído ao propor reflexão aos torcedores, convidando-os a sair da inércia do discurso pronto. Feliz 2012 para todos!

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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