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Jogo das Estrelas NBB 2011

Análise desse evento marcante na história do basquete brasileiro; confira vídeo da enterrada show de Larry Taylor

Análise desse evento marcante na história do basquete brasileiro

Fernando Pena (Habilidades), Jordan (Enterrada) e Fischer (3 pontos), os vencedores da sexta à noite: Bauru no pódio (foto de Luiz Pires/NBB)

Fez história. Como o próprio release da Liga dizia, há 14 anos não havia basquete – exceto Seleção Brasileira – em transmissão ao vivo na TV aberta. É claro que isso exclui aqueles vergonhosos flashes ou VTs dos Jogos das Estrelas anteriores, tampouco os últimos segundos das outras finais de NBB – sempre fatiados no Esporte Espetacular.
Atualizado: como bem lembrou o jornalista Thiago Navarro, o hiato na TV aberta não é tão longo assim. Confira a rica descrição do colega no campo de comentários.

Quase duas horas de transmissão e saldo pra lá de positivo. A presença do “animador” Tiago Leifert foi o ponto alto, sinal maior de que a TV Globo abraçou a causa de reerguer o basquete – ao escalar seu menino-prodígio, estrela ascendente de seu jornalismo esportivo. Isso não significa jogos do NBB daqui pra frente na telinha plim-plim, porque nem cabe na concorrida grade, mas quem sabe o noticiário global já fale mais do campeonato – hoje enfatizado nas retransmissoras, apenas.

Os amantes do basquete podem até discordar da forma didática da transmissão da Globo – parecia até que o brasileiro nunca tinha visto basquete antes. Mas, pensando friamente como comunicador, sabendo que o espectador da Globo pouco muda de canal, MUITOS NUNCA TINHAM VISTO, MESMO. Provavelmente, a maioria dos milhões de espectadores que pararam diante da TV não conheciam a sigla NBB. É sério, gente… Estamos falando de uma cobertura de quase todos os municípios brasileiros.

Mas (tem sempre um mas…), pensando do lado de quem acompanha o NBB e é ansioso por vê-lo crescer e crescer, faltou citar mais o nome dos times e, por que não, dar a classificação atual do campeonato. Até mesmo apresentar o torneio, como fazem em transmissão de GP Brasil de Fórmula 1, que “ensina” a modalidade em breves matérias.

Guerrinha, midiático como poucos, aproveitou sua entrevista a Tiago Leifert para falar o nome ITABOM ao ser questionado que time treinava – bem que o jornalista poderia ter se informado antes… – e ainda se fez de bobo na pergunta seguinte. Respondeu “Estamos bem, entre quinto e sétimo”, quando perguntado da emoção de participar daquele evento. É isso aí, vendeu seu peixe.

Como venderam os demais representantes do Itabom/Bauru. Primeiro, a torcida. Pode-se ver camisas do time e do patrocinador quando eram captadas imagens das arquibancadas. Depois, Fischer, novamente campeão do torneio de três pontos (duas vezes em três edições), levando a camisa do Bauru Basket ao pódio. Por fim, Larry Taylor e Jeff Agba titulares do time NBB Mundo, no Jogo das Estrelas.

Um jogo, aliás, que ainda precisa aprender com os norte-americanos. Poderia ser menos frouxo na defesa, ser jogado mais a sério. Em certos momentos, fica parecendo uma pelada – com erros bisonhos de enterradas, por exemplo, ou passes de efeito que saem tortos. É melhor jogar o arroz com feijão do que bancar o globetrotter frustrado.

Claro que houve grandes momentos, como a cesta de três do árbitro Renatinho, o primeiro quarto envolvente do time brasileiro – que depois desacelerou – e o desempenho impressionante de Robert Day de três pontos (12 de 15). Mas, claro, o melhor estrangeiro do NBB, o Alienígena, roubou a festa ao fechá-la, com chave de ouro, com uma enterrada espetacular, que você confere no vídeo abaixo.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

6 respostas em “Jogo das Estrelas NBB 2011”

BH, o saldo deste Jogo das Estrelas realmente foi muito positivo, foi bacana ver o basquete brasileiro novamente na TV aberta. Em relação a última transmissão de jogo de clubes brasileiros de basquete ao vivo na TV aberta foi na verdade em 2004,no Campeonato Brasileiro daquele ano. A Rede TV tinha os direitos na TV aberta e fez vários jogos daquela temporada, incluisive um dos jogos da final vencida pelo Unit/Uberlândia. E em 2002 a Rede Bandeirantes transmitiu vários jogos do Brasileiro, acabou não transmitindo a final vencida pelo Tilibra/Copimax/Bauru, mas transmitiu ao vivo vários jogos, entre eles Bauru X Flamengo e Bauru X Minas na Panela, ambos às 12h de domingo. Quanto a seleção, a última transmissão foi em 2007, no Pan (masculino) e em 2006 no Mundial Feminino em São Paulo. Quanto a jogos da temporada regular do NBB na TV aberta concordo com vc, não vai passar na Globo simplesmente pq não dá. Clube em TV aberta em geral só futebol. Nas outras modalidades, jogo de clube na TV dá traço de audiência, vide o vôlei na Band ano passado que não deu certo. Os esportes olímpicos tem que entender que só terão espaço na TV aberta (seja em qual canal for) com a Seleção Brasileira e em jogos festivos, como este do NBB. Jogos entre clubes, é na TV fechada (Sportv, ESPN). Por isso mesmo sou contra decisão do NBB em jogo único, como a LNB já anunciou para 2012, afinal não vale a pena mudar um campeonato em troca de uma única partida na TV aberta, com todo o respeito é muito pouco.

Foi muito bom e Tiago Leifert mais uma vez roubou a cena com seu carisma e competência.
Continua arrasando Leifert!!!!!!!!!!!

É sensacional, poder ver, mesmo que em jogos festivos, o basquete em tv aberta. E o nosso alieigena, em… aprontou denovo, hehe. Nossa torcida fez bonito, Fischer, Jeff, todos de Parabéns pelo espetaculo, e todos que participaram. É uma grande festa pra quem curte o espetaculo do basquete.

O saldo foi extremamente positivo. Espero que outros esportes olímpicos adotem a mesma festa. A inserção feita Guerrinha em relação ao Itabom é válida, pois a empresa que investe quer ter seu nome na TV. Só tenho uma crítica. Justamente por muitas pessoas não acompanharem o basquete, acredito que os atletas poderiam jogar com as camisas de seus clubes, fazendo a famosa distinção entre claro (time brasileiro) e escuro (time internacional), dando oportunidade aos patrocinadores aparecerem.

BH, Fischer campeão dos 3 pontos, não de enterradas né!!!! rs

Não achei o jogo ruim não. Evento festivo é assim mesmo. NBA, NFL, Baseball… enfim, todos os eventos desse porte nos EUA também são jogos de defesa fraca e jogadas de efeito. O All Star Game da NBA ano passado acabou 141 a 139!

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