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Paschoalotto Bauru x Flamengo, jogo 2: casa cheia mostra força regional do Dragão

Paschoalotto Bauru encara o Flamengo neste sábado em Marília com todos os 7.100 ingressos vendidos. E tem motivos para acreditar na virada

NBB-finalA imagem acima é o centro da quadra do ginásio Neusa Galetti, em Marília. Lá na Arena da Barra, no Rio de Janeiro, foi o escudo do Flamengo quem enfeitou o piso. Agora, a casa é do Paschoalotto Bauru. E pode chamar de casa. Porque a promessa é de casa cheia neste sábado (ingressos esgotados!!!), uma prova da força regional que a Associação alcançou — afinal, a carga de ingressos em Marília era de 1.500 ingressos. Uma final desse nível é mesmo uma oportunidade para os amantes do esporte. Por mais que um ou outro, motivado pela rivalidade regional — ou maqueano… —, junte-se aos rubro-negros, não há dúvidas de que a torcida pelo Dragão será a grande maioria.

“Se esse jogo fosse em Bauru e tivesse ginásio com capacidade, venderia dez mil ingressos brincando”, comenta Rodrigo Paschoalotto, presidente da patrocinadora máster da equipe. “Isso prova que o time não é mais somente de Bauru, mas da região toda. Até o prefeito de Marília me ligou agradecendo e falando que Marília é Paschoalotto Bauru Basket”, conta o empresário, que emprega mais de duas mil pessoas na cidade vizinha.

Havendo uma avaliação positiva do evento, cogita-se inclusive sediar a final do Mundial, contra o Real Madrid, em Marília. Mas é assunto pra depois.

SANGUE NOS OLHOS
Nessas horas surge o famoso “Eu acredito!”, mas, sinceramente, não creio que um time calejado como o de Bauru precise desse artifício verbal. Em outros tempos, quando era inferior ao adversário, ok. Agora, é pau a pau, a noite infeliz de terça já foi assimilada. Pode perder, porque tem um timaço do outro lado também. Mas não por ser mais fraco. Sendo assim, sou mais pelo “Eu confio!”. Claro que queremos ver menos apatia, mais energia, e o ginásio lotado pode ajudar nessa pilha. Currículo para virar a série, como viraram contra Mogi, esse time tem.

Senão, vejamos:

Larry Taylor: Seleção Brasileira (Olimpíada e Mundial), seleção do NBB duas vezes
Ricardo Fischer:
Seleção Brasileira, revelação do NBB5, campeão da LDB, candidato a seleção do NBB7
Gui Deodato: Seleção Brasileira, revelação do NBB4, maior evolução dos NBBs 4 e 5, campeão da LDB
Alex Garcia: passagem pela NBA, Seleção Brasileira (Olimpíada e Mundial), tricampeão do NBB, maior (e único) defensor do NBB, seleção do NBB quatro vezes, candidato a MVP do NBB7, etc
Murilo Becker: Seleção Brasileira, MVP do NBB4 (cestinha e reboteiro também), seleção do NBB quatro vezes
Rafael Hettsheimeir: Seleção Brasileira (herói do retorno brasileiro à Olimpíada após 16 anos ), candidato a MVP em seu primeiro NBB
Robert Day: seleção do NBB uma vez, melhor triplista do NBB6 (3,4 bolas convertidas por jogo)

Todos eles campeões das Américas e da América do Sul. Arriba, moçada.

AINDA BEM, MELHOR DE TRÊS
Quem se lembra da final do NBB4? São José com melhor campanha, recebeu em Mogi o time de Brasília para jogo único. Os candangos encaixaram jogo e atropelaram, como fez o Flamengo terça. E acabou o campeonato.  Bauru, melhor campanha, perdeu. Mas tem duas chances, em sua nova casa, para reverter. Ainda bem, acabou a história do jogo único. Que um dia defendi, pelo canhão da audiência global. Da mesma Globo que não cumpriu a promessa de transmitir jogo de abertura e Jogo das Estrelas deste NBB7 e que só vai passar a decisão para o Rio de Janeiro e para o Interior de São Paulo. Entendo a estratégia mercadológica, mas sonho com nosso nacional numa TV aberta como a Band…

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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